O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, sancionou projeto de lei em apoio aos direitos humanos e à democracia em Hong Kong.
A nova lei visa a checar possíveis violações, por parte do governo chinês, do alto grau de autonomia vivido por Hong Kong, sob o princípio de “um país, dois sistemas”. Ela também permite a imposição de sanções contra autoridades chinesas que reprimirem Hong Kong.
O projeto foi aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Representantes na semana passada e sancionado por Trump nessa quarta-feira (27).
O presidente americano havia manifestado preocupação com os complicados esforços para fechar um acordo comercial com a China. No entanto, membros do Congresso exortaram Donald Trump a sancionar a lei, que obteve apoio esmagador em ambas as casas.
O lado chinês se opôs veementemente ao projeto, chamando-o de interferência em assuntos internos do país. Pequim convocou o embaixador americano para registrar um protesto e ameaçou adotar medidas retaliatórias caso a proposta fosse sancionada.
Em comunicado divulgado ontem, Trump declarou ter sancionado o projeto em respeito ao presidente chinês. Xi Jinping, e ao povo de Hong Kong. Segundo ele, o projeto foi sancionado “com a esperança de que líderes e representantes da China e de Hong Kong sejam capazes de resolver suas diferenças amigavelmente, originando a paz e a prosperidade de longo prazo para todos”.
Reação
A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, se recusou a acatar as exigências dos cidadãos por mais democracia, mesmo depois de grupos pró-democracia terem vencido as eleições para conselhos distritais, no último domingo (24), por estrondosa maioria
O presidente americano Donald Trump sancionou ontem o projeto de lei bipartidário anteriormente aprovado pelo Congresso.
Um cidadão acolheu a medida de bom grado, afirmando que se trata de um encorajamento para a população do território. Outro, no entanto, declarou que a legislação não é aceitável, pois servirá somente para incentivar mais protestos.
Policiais e bombeiros fazem investigações e trabalhos de limpeza na Universidade Politécnica de Hong Kong, que foi ocupada por estudantes por quase duas semanas.
A universidade pretende retomar as aulas assim que o campus seja considerado seguro.