A valorização da Cultura em Minas Gerais ganha mais um reforço: nessa quinta-feira (28/11), a Cemig anunciou, oficialmente, o patrocínio máster à Fundação Clóvis Salgado (FCS), com o investimento de R$5 milhões. A partir de agora, um dos equipamentos culturais mais importantes do Estado passa a se chamar “Grande Teatro Cemig Palácio das Artes”.
A cerimônia de anúncio da aliança estratégia contou com a participação do secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Marcelo Matte, da presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane Parreiras, do presidente da Cemig, Cledorvino Belini, e do diretor de Comunicação e Sustentabilidade da Cemig, o itabirano Marco Antônio Lage.
A parceria foi viabilizada por meio de reciprocidade da gestão cultural contemporânea que utiliza a estratégia do “Direito Temporário de Associação de Nomes”, conhecido também como Naming Rights. A partir dessa iniciativa, cujo objetivo é viabilizar melhorias e manutenção adequadas ao teatro e oferecer maior conforto aos artistas e ao público, as ações da FCS serão fortalecidas e os processos de democratização do acesso à produção cultural serão ampliados.
Os R$5 milhões disponibilizados pela Cemig para a Fundação Clóvis Salgado serão distribuídos ao longo de dois anos, somando-se aos investimentos orçamentários do Governo do Estado e de outros importantes parceiros privados.
De acordo com o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Marcelo Matte, o aporte da Cemig possibilitará que grandes passos sejam dados rumo à preservação do patrimônio cultural da FCS e das atividades que a entidade exerce e oferece. “A Fundação Clóvis Salgado é uma instituição muito importante para a cultura mineira e ficamos honrados de poder contar com o apoio da Cemig”, destacou o secretário.
Aporte misto
Matte ressalta, também, a importância do modelo misto para financiamento da cultura em Minas Gerais. “A parceria firmada entre a FCS e a Cemig serve como base para a construção local desse modelo, que já é utilizado em grande parte do mundo. Cuidar da cultura e fomentá-la é papel, sim, do governo, mas é também função da iniciativa privada e da sociedade como um todo. Alianças como essa, que celebramos hoje, em prol do fortalecimento das ações de democratização do acesso à cultura, servem de exemplo para todo o país de como Estado, empresas e cidadãos podem e devem caminhar juntos em busca do desenvolvimento”, finalizou.
A presidente da FCS, Eliane Parreiras, afirma que a aliança com a Cemig vai beneficiar diretamente os cidadãos mineiros que frequentam seus espaços culturais, usufruem das atividades formativas e participam de uma programação estruturada na pluralidade e na diversidade cultural. “Os investimentos beneficiam, ainda, uma ampla cadeia produtiva da cultura de Minas Gerais, que se relaciona de maneira permanente com a FCS. São artistas, produtores, grupos artísticos e técnicos que terão acesso a uma melhor infraestrutura cultural e de apoio às produções”, comemora.
De acordo com Eliane, o investimento da Cemig será destinado, também, à melhorias de infraestrutura e modernização que a FCS já vem realizando de maneira progressiva. “O aporte do patrocínio vai se somar ao recurso orçamentário do governo do Estado que já é destinado a isso, tanto no Grande Teatro quanto em outros espaços culturais da Fundação. Além disso, vamos conseguir ampliar a programação e o acesso a ela, fazer mais projetos gratuitos ou com custos mais acessíveis, aumentar a pluralidade com participação de grupos culturais locais e do interior, garantir mais atividades formativas para os quase dois mil alunos que são atendidos de maneira gratuita, entre várias outras possibilidade de utilização do investimento”, defendeu a presidente.
Luz sobre a cultura
Para o presidente da Cemig, Cledorvino Belini, investir em cultura é investir em desenvolvimento da sociedade, que é um papel primordial de qualquer empresa. “Viabilizamos a melhor maneira de alocar os recursos destinados à cultura e, com o patrocínio máster à Fundação Clóvis Salgado, além de ajudar a melhorar a sociedade do ponto de vista cultural, nosso objetivo é que essa força incentive outras empresas a fazer o mesmo tipo de investimento”, afirmou.
O diretor de Comunicação e Sustentabilidade da Cemig, Marco Antônio Lage, ressalta que este naming rights pode ser considerado um raio de luz sobre a cultura mineira. “Apresentamos esse formato inovador na área da cultura no Brasil com muito orgulho e, para além do patrocínio máster e de todas as iniciativas que dele podem surgir, pretendemos, também, implementar no Palácio das Artes o programa de eficiência energética para reduzir o custo de energia do equipamento. Outro objetivo da Cemig é levar a cultura para o interior e trazer o interior para grandes polos da cultura. Com esse investimento na Fundação Clóvis Salgado, vamos ter condições de exercer essa nova política da Cemig, que é descentralizar a cultura e fazê-la circular em toda Minas Gerais”, explicou Lage.
Fundação Clóvis Salgado
Atuação diversa e plural – A Fundação Clóvis Salgado é uma instituição cultural singular no Brasil, por atuar nas áreas de difusão cultural, produção artística e formação cultural. Na difusão e exibição cultural, a FCS oferece ampla programação, diversa e plural, em seus espaços culturais – Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais e Serraria Souza Pinto. Esses espaços atingem diretamente mais de 600 mil pessoas/ano, com atividades que abrangem variadas linguagens artísticas.
A FCS também realiza óperas, concertos, espetáculos de dança contemporânea e performances por meio da atuação de seus corpos artísticos – Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Coral Lírico de Minas e Gerais e Cia. de Dança Palácio das Artes. São oferecidos ao público programas anuais, contemplando a diversidade da produção artística nacional e mundial: Sinfônica em Concerto, Lírico em Concerto, Sinfônica e Lírico ao Meio-dia, Sarau Lírico, Sinfônica Pop, Temporadas de óperas e de espetáculos da Cia. de Dança, Concertos no Parque, entre outros. São mais de três mil atividades oferecidas este ano, somente até o mês de outubro, para um público de 427.752 pessoas.
No campo da formação, a FCS mantém no Palácio das Artes o Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, com oferta gratuita de cursos técnicos e de extensão nas áreas de artes visuais, dança, música, teatro e tecnologia da cena. Existe também a unidade do Cefart na Praça da Liberdade, chamada Cefart Liberdade, e na av. dos Andradas, cujo espaço encontra-se em implantação, o Cefart Andradas. Atualmente, são mais de 1800 estudantes em atividades formativas diversas, além de intensa programação prática por meio de grupos jovens como Coral Infantojuvenil, Banda Sinfônica, Big Band e Orquestra Jovem, além de residências artísticas e projetos de pesquisa.
Essa atuação complexa e transversal faz da Fundação Clóvis Salgado uma instituição única no mundo e a torna estratégica para implementação e execução de políticas públicas de cultura para o desenvolvimento humano, econômico e social.