A campanha eleitoral do Reino Unido vai chegando ao fim. Na quinta-feira (12/12) os britânicos vão às urnas para eleger a nova composição da Câmara dos Comuns.
A grande expectativa está em torno de saber se os conservadores ou os trabalhistas vai conseguir, finalmente, formar maioria na Casa.
Cada uma dessas frentes políticas levantou uma causa durante a campanha. Os conservadores foram muito firmes na questão do Brexit, que é a principal bandeira de Boris Johnson. Até o último dia o premiê afirma que somente ele pode entregar o divórcio europeu em 31 de janeiro.
Já os trabalhistas, que também falaram sobre Brexit e prometeram um segundo referendo, focaram mais nas questões sociais – sobretudo no SUS britânico. Existe um temor de que, se o plano de Johnson for levado adiante, o NHS pode acabar sendo privatizado.
Por fim os liberais-democratas insistiram na questão de cortar, de uma vez por todas, essa história de separar o Reino Unido da União Europeia. Eles propõem revogar o artigo 50 do Tratado de Lisboa e voltar tudo como era.
Os últimos levantamentos ainda indicam vantagem de 10% para os conservadores – porém, nas eleições de 2017, eles venceram justamente com essa margem e não conseguiram votar maioria.
Esse tipo de situação é delicada porque o país se torna, praticamente, ingovernável. Os britânicos temem que, se nenhum partido formar maioria, não apenas o Brexit será prorrogado mais uma vez como questões da vida prática podem ser afetadas.