No início do segundo semestre deste ano, o Atlético recusou uma oferta que chegava aos 4 milhões de euros que o clube pretende agora para liberar o meia-atacante Cazares. Dono de 50% dos direitos econômicos do jogador, o Galo ficaria com a metade do que oferecia uma equipe do mundo árabe que não teve o nome revelado.
Agora, seis meses após essa oferta e a seis meses do equatoriano poder assinar um pré-contrato com outra equipe, pois em dezembro do ano que vem acaba seu vínculo com o Atlético, a história é diferente.
Esta possibilidade de saída fez o presidente Sette Câmara anunciar, na semana passada, que tinha o interesse em negociar o jogador justamente por essa possibilidade, pois ele chegou no início de 2016 com um vínculo por cinco temporadas e a de 2020 é a última deste contrato, que segundo o dirigente atleticano, o camisa 10 não parece querer renovar.
Segundo o Globoesporte.com publicou, a diretoria atleticana acha improvável que algum clube brasileiro tenha condições de pagar o valor pedido pelo seu camisa 10. Chegaram a ser especulados interesses de Grêmio, Corinthians e Palmeiras, sendo que no caso deste último em troca por jogadores, entre eles o meia Hyoran e o lateral-esquerdo Victor Luís, jogadores que interessam ao Galo segundo revelou o presidente Sérgio Sette Câmara em entrevista à Rádio da Massa.
Ouvidos pela reportagem, empresários disseram ser a pior maneira de se colocar um jogador no mercado quando ele está tão próximo de poder sair do clube de graça. “Os clubes querem pagar preços mais baixos, pela necessidade de quem tem o atleta em fazer a venda, ou até mesmo esperar o jogador sair de graça”, afirmou um deles.
No caso de Cazares, há dois aspectos antagônicos numa negociação. O principal deles é sem dúvida sua enorme capacidade técnica, muito acima da média do futebol brasileiro. Por outro lado, seu histórico fora de campo provoca insegurança num investimento.
Entre o brilho com a bola nos pés e as polêmicas nos momentos de folga, o camisa 10 alvinegro já soma quatro temporadas completas na Cidade do Galo sem nenhum título importante conquistado, pois o único que ganhou foi o Campeonato Mineiro de 2017, mas também provocando em grande parte da torcida e da crônica a certeza de que é o maior diferencial que o Atlético tem do ponto de vista técnico.