A Secretaria de Estado de Saúde expediu novo boletim sobre os casos de síndrome nefroneural causada por intoxicação exógena nesta terça-feira (14). Segundo o informativo, moradores de seis cidades mineiras estão entre os casos suspeitos da doença. As notificações continuam em 17: 16 homens e uma mulher.
Conforme a Saúde estadual, 12 notificações são de moradores de Belo Horizonte e as outras cinco se voltam a intoxicados que residem em Nova Lima (Grande BH), São Lourenço (Sul), São João del-Rei (Central), Viçosa e Ubá (ambas na Zona da Mata).
A Saúde estadual ainda não foi notificada do caso ocorrido em Pompéu, Região Central, onde uma mulher morreu com sintomas da síndrome nefroneural. De acordo com a prefeitura local, essa pessoa se contaminou com a substância dietilenoglicol, encontrada em garrafas de três lotes da cerveja Belorizontina, da Backer.
A vítima, que não teve a identidade revelada, esteve em Belo Horizonte a passeio entre 15 e 21 de dezembro. Ela ficou na residência de parentes no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte.
Essa pode ser a segunda morte pela doença. O caso de Ubá é o do bancário Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, que morreu na terça passada.
Dos 17 pacientes, quatro já tiveram a confirmação da intoxicação por dietilenoglicol.
Todos os pacientes listados consumiram o produto da Backer. Segundo a pasta, investigações realizadas em conjunto com o Ministério da Saúde e com a Secretaria de Saúde de BH indicam que os pacientes “apresentaram os primeiros sintomas após ingerir a cerveja”.
Vale ressaltar que o fato dos doentes serem de outras cidades não quer dizer que eles se intoxicaram nelas. No caso de Paschoal Demartini Filho, por exemplo, tudo leva a crer que ele consumiu a substância tóxica em uma confraternização com familiares no Bairro Buritis, na Região Oeste de BH.
O mesmo vale para o paciente de São Lourenço, o dentista Ney Eduardo Vieira Martins, de 64 anos, que comprou a cerveja da Backer no bairro da Região Oeste da cidade.