A Vale informou na quarta-feira (04/03) que vai acelerar o processo de remoção e disposição definitiva dos rejeitos provenientes do rompimento da Barragem B1. A companhia foi autorizada pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) a dispor o rejeito que já foi inspecionado e liberado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais na cava da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a mineradora, a medida faz parte do Plano Integrado de Manejo de Rejeitos e Resíduos, entregue e aprovado pelos órgãos competentes. A previsão é que o rejeito depositado no vale do ribeirão Ferro-Carvão até a confluência com o rio Paraopeba seja removido e disposto na cava até 2023.
O uso da cava foi autorizado pela ANM e formalizado, na última sexta-feira (28), com publicação de despacho no Diário Oficial da União (DOU). A medida já havia recebido, em dezembro do ano passado, a licença ambiental da Semad. A disposição do rejeito na cava, ainda de acordo com a Vale, é essencial para a continuidade das estratégias de buscas definidas pelos Bombeiros e para a recuperação de áreas atingidas.
Condições adequadas para disposição do rejeito
Em publicação, a Vale anunciou que vai separar resíduos como metais, borracha e madeira antes de dispor o material na cava. Esse processo atende as especificações dos órgãos ambientais e deixa o rejeito nas condições adequadas para que possa ser disposto e para o descarte de resíduos de forma apropriada. Para executar essa ação, a companhia vai usar as peneiras da Instalação de Tratamento de Minério a Seco (ITMS) da Mina Córrego do Feijão e outras peneiras móveis.
As ações atendem à Política Nacional de Resíduos Sólidos e foram devidamente comunicadas aos órgãos ambientais, à ANM e ao Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.