Os casos confirmados de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, na Região Metropolitana de Belo Horizonte devem disparar. De acordo com o infectologista Carlos Starling, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, “se nada for feito”, estatísticas apontam para 1715 casos nos próximos dois meses.
“Isso é uma projeção, claro, com variações possíveis e dependendo do comportamento do vírus e das pessoas. Se observamos os cuidados com muita atenção e o afastamento social vamos conseguir reduzir o número de casos”, explica o especialista..
Atualmente, são quatro os casos confirmados de coronavírus em Minas (em Divinópolis, Juiz de Fora, Ipatinga e Patrocínio), nenhum na Grande BH, conforme a Secretaria de Estado de Saúde. Um quinto foi notificado na manhã desta segunda-feira pela prefeitura de Coronel Fabriciano. Em todo o estado, aproximadamente 400 casos estão em investigação.
O especialista destaca que agora é um “dever cívico das pessoas prestar atenção nos seus comportamentos e permanecerem atentas às orientações das autoridades, para não se expor e colocar em risco as pessoas mais vulneráveis a esse vírus”.
O grupo de risco contempla gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas, que devem se manter em casa. “Essa não é mais a hora de reunião familiar. Nesse momento é importante que as pessoas tenham atenção. Se tiver qualquer sinal de gripe, não se aproxime dos idosos”.
“O vírus pode ser eliminado pela saliva, urina, fezes. A via principal é a via aérea e o contato com secreções por meio das mãos”, alega.
O especialista explica que alguns estados do país, caso de São Paulo e Rio, estão em nível 3, quando há transmissão comunitária. Isso é, sem que se saiba quem foi o transmissor. “É momento de evitarmos contato social“, completa.